Depois da Terra, internautas vão poder explorar os oceanos
O Google Earth, que permite aos internautas um giro pelo mundo virtual, parte agora para a conquista das profundezas submarinas: a nova versão, lançada nesta segunda-feira, propõe um mergulho nessa dimensão, para que se aprenda mais sobre a vida oceânica.
"Google Earth dota-se de um novo espaço: a profundeza", explicou Jean-François Wassong, engenheiro da filial francesa, durante entrevista à imprensa em Paris.
É permitido, agora, aventurar-se nas zonas abissais no oceano ou mar escolhido, para descobrir, depois, rios e lagos que serão acrescentados nas próximas versões.
"Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e são ainda, no entanto, pouco explorados" pelo homem, destacou Florence Diss, responsável pelas parcerias geográficas do grupo.
Nadar em torno de vulcões submarinos representados em três dimensões, acompanhar a viagem de uma baleia ou visitar a Grande Barreira de coral na Austrália: a aplicação chamada "Ocean" se dirige ao mesmo tempo à comunidade científica e ao grande público que poderá partilhar suas experiências on-line, como os melhores locais para surfar.
Os internautas terão informações e fotos, além de vídeos sobre 20 temas, tais como zonas marinhas protegidas, além de observar a evolução da fauna e das "zonas mortas", onde o oxigênio é muito raro para que haja vida.
Cerca de mil sequências filmadas estão disponíveis, principalmente imagens de expedições comandadas por Jacques Cousteau, algumas ineditas.
Google Earth, que já permite explorar Marte, "amplia a missão Google, tornando acessível a todos as informações sobre os locais mais recuados do planeta", declarou Eric Schmidt, presidente do Google, citado em comunicado.
O projeto, que marca a conclusão de dois anos de colaboração com mais de 80 organismos privados e públicos, não está dirigido a "fazer dinheiro", precisou Diss que, no entanto, preferiu não revelar seu custo.
"Ocean" é antes de tudo uma operação de marketing para o grupo americano, que diz querer "sensibilizar nossos contemporâneos para os perigos que ameaçam os oceanos".
Fonte: AFP
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