Dias atrás postei quais eram os melhores vilões do cinema, hoje veremos os melhores heróis de Hollywood:
O número 1
Atticus Finch
Eleito o maior herói do cinema, advogado que lutou contra o racismo é a grande zebra da lista
Ator: Gregory Peck
Filme: O Sol É para Todos (To Kill a Mockingbird), de 1962
O maior herói da história do cinema americano não é um aventureiro explorador, um ás do gatilho ou um rei dos filmes de ação. O escolhido para encabeçar a lista do American Film Institute é, quem diria, um simples advogado, Atticus Finch.
No filme O Sol É para Todos, ambientado numa cidadezinha do sul dos Estados Unidos, ele aceita defender um negro acusado de ter estuprado uma jovem branca. No tribunal, Finch consegue provar a inocência de seu cliente, mas, mesmo assim, o réu é condenado por um júri composto por cidadãos brancos que não se interessam muito pela verdade ou justiça. O filme não tem um desfecho otimista, mas o ator Gregory Peck deu vida a um dos personagens mais cativantes e admiráveis da história do cinema.
Vice-campeão
Indiana Jones
Arqueólogo de vida agitada, ele rodou o mundo atrás de tesouros como o Santo Graal e enfrentou até seitas satânicas
Ator: Harrison Ford
Filme: Os Caçadores da Arca-Perdida (Raiders of the Lost Ark), de 1981
Os diretores George Lucas e Steven Spielberg decidiram se unir para produzir um filme de aventura em homenagem aos grandes seriados da década de 40. Baseado numa história de Lucas e do diretor Philip Kaufman, nascia o longa Os Caçadores da Arca-Perdida. Faltava definir o ator para o papel principal. Tom Selleck e Nick Nolte recusaram e sobrou para Harrison Ford a glória de interpretar Indiana Jones, o mais divertido arqueólogo do mundo e o segundo maior herói de todos os tempos segundo o AFI. No final dos anos 30, o personagem viaja pelo mundo, sobrevivendo a um perigo maior que o outro e sempre com um chicote ligeiro na mão. Bem-humorado e cheio de emoções, o filme deu origem a duas continuações: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), em que o mocinho luta contra adoradores de um culto satânico, e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), em que ele procura o Santo Graal.
Medalha de bronze
James Bond
Com seu carango cheio de truques, o espião com licença para matar fecha o pódio dos maiores heróis
Atores: Sean Connery (6)*, George Lazenby (1), Roger Moore (7), Timothy Dalton (2) e Pierce Brosnan (4)
Filme: O Satânico Dr. No (Dr. No), de 1962
* número de filmes oficiais da série em que atuou
O escritor Ian Fleming criou o agente secreto mais famoso do mundo. Mas foi o ator escocês Sean Connery quem moldou o caráter e o estilo de James Bond em O Satânico Dr. No, primeiro filme da franquia mais bem-sucedida da história do cinema. Na sua aventura de estréia, Bond investiga o maléfico Dr. No (Joseph Wiseman), com a ajuda da bela Honey Ryder (Ursula Andress). O estilo de vida que o espião leva incomodou a Igreja Católica logo na primeira produção: o Vaticano lançou um comunicado condenando a moral do filme e a predileção do herói por vodca martíni e mulheres bonitas. É claro que a dura não surtiu o menor efeito, e a maior prova disso é que Bond foi apontado pelo AFI como o terceiro principal herói do cinema. Cinco atores já interpretaram o personagem em 20 filmes oficiais e o 007 atual, Pierce Brosnan, prepara-se para fazer sua quinta participação na série em 2005. Mesmo com o troca-troca de atores e passados mais de 40 anos de sua estréia, James Bond não mudou: ainda se diverte com as mulheres mais bonitas do mundo e dirige carrões superequipados.
Martin. Aston Martin
Foi no filme 007 contra Goldfinger, lançado em 1964, que surgiu o carro mais bacana já dirigido pelo superagente
Painel com opcionais
Velocímetro e outros itens de série passavam despercebidos no painel.
O destaque era um radar que apontava o alvo a ser seguido ou dizia se havia alguém no encalço do agente. Na era pré-celular, um rádio-telefone também fazia sucesso
Passageiro indesejável
O Aston Martin DB5 tinha várias engenhocas criadas por Q, cientista do serviço secreto britânico. O lado do passageiro, por exemplo, era equipado com um banco ejetor. Se um vilão se sentasse ali, podia voar longe, passando por uma abertura no teto solar
Acessório pré-blindagem
Na década de 60, ninguém sonhava com carros blindados circulando pelas ruas. Mas o superagente secreto já contava com uma proteção parecida, só que bem mais rústica. Na traseira, uma parede retrátil à prova de balas subia para defender sua retaguarda
Truques sujos
Às vezes Bond dava uma de Dick Vigarista. Para se livrar de perseguidores, acionava compartimentos secretos nas lanternas e no pára-choque traseiros que despejavam na pista óleo quente, fumaça e estrelas pontiagudas
Ultrapassagem difícil
Era preciso muita coragem para emparelhar com o Aston Martin. A qualquer momento 007 podia acionar cortadores de pneus retráteis, que saíam da lateral do carro e podiam detonar as rodas de algum veículo suspeito
Artilharia frontal
Perto dos dois faróis dianteiros escondiam-se duas metralhadoras Browning calibre .30. Eram garantia de artilharia pesada contra quem aparecesse no caminho de Bond
Herói policial
Dirty Harry
Sempre armado com sua Magnum .44, ele foi o tira mais durão e bem-sucedido das telas
Ator: Clint Eastwood
Filme: Perseguidor Implacável (Dirty Harry), de 1971
O inspetor Harry Callahan era cínico, frio e nem sempre um bom exemplo de policial. Mas, acima de tudo, estava empenhado em livrar a cidade de São Francisco dos bandidos. E isso bastou para ele ganhar o posto de herói número 1 na categoria "tiras". Hoje, em tempos mais politicamente corretos, um sujeito que manda mais criminosos para o necrotério do que para a prisão jamais seria aceito. Mas, nas décadas de 70 e 80, Dirty Harry ("Harry Sujo"), como era chamado, reinou absoluto. Clint Eastwood se moldou com perfeição ao personagem que gostava de resolver os casos à sua maneira, abusando da força e sendo sempre repreendido por seus superiores. Mas, verdade seja dita, o tira de moral incorruptível nunca matou inocentes. Dirigido por Don Siegel, Perseguidor Implacável é um dos filmes policiais mais bem realizados do cinema e rendeu quatro continuações: Magnum .44 (1973), Sem Medo da Morte (1976), Impacto Fulminante (1983) e Dirty Harry na Lista Negra (1988).
Currículo de assustar
Eficiente, mas politicamente incorreto, ele matou muitos e prendeu poucos nos cinco filmes da série
Companheira inseparável
Dirty Harry nunca se desgrudava de sua Magnum .44 - segundo ele a arma mais poderosa do mundo - e disparou um total de 78 tiros na série. Quando as balas acabavam, ele recorria a outras armas, de tiros de bazuca a disparos com arpão
Vilão inesquecível
Os roteiristas da série capricharam na criação dos vilões, um mais detestável que o outro. Mas o pior deles foi Scorpio, de Perseguidor Implacável. Ele matava por prazer e chegou a enterrar num buraco uma garota viva!
Amigo pé-frio
Ser parceiro do policial mais heróico do cinema não era tarefa fácil. Nada menos que quatro morreram: um parceiro de Harry tombou num atentado à bomba; outro, apunhalado; um terceiro teve a garganta cortada e sua única parceira morreu baleada
Algema pra quê?
Enviar malfeitores para a prisão, definitivamente, não era o ponto forte do inspetor Callahan. Em cinco filmes, ele prendeu apenas quatro bandidos. Todos eles se renderam e foram poupados antes do tirambaço fatal
Chama o martelinho
Quando não detonava carros em perseguições alucinantes, o tira durão era caçado por criminosos que metralhavam sem dó e até atiravam bombas caseiras no interior de seus veículos. Resultado: ele destruiu dez carros na série
Se fazendo de difícil
Se tentasse, Dirty Harry faria sucesso com as mulheres. Mas, como sempre tinha que dar tiros em algum bandidão, ele só foi seduzido por três delas: Sunny (Adele Yoshioka), Samantha (Patricia Clarkson) e Jennifer (Sondra Locke, que foi mulher de Clint Eastwood)
Mortos em combate
Numa São Francisco constantemente ameaçada por assaltantes e psicopatas, alguém sempre leva a pior. E todos que ousaram desafiar a Magnum .44 de Callahan tiveram quase sempre o mesmo fim: o cemitério. Ele matou 36 bandidos na série, nove vezes mais que as prisões que fez
Herói de faroeste
Will Kane
No dia em que se casaria, um xerife venceu seu maior duelo
Ator: Gary Cooper
Filme: Matar ou Morrer (High Noon), de 1952
Era um dia perfeito para o xerife Will Kane: ele ia se casar e largar o perigoso trabalho. Aí chega a notícia: o pistoleiro Frank Miller (Ian MacDonald) saíra da prisão e queria se vingar de Kane, que o mandou para a cadeia. Como o seriado 24 horas, Matar ou Morrer se desenrola em tempo real. A história começa às 10h40 e a chegada do bandido está prevista para o trem do meio-dia. Por enfrentar Frank e seus capangas sozinho, Will Kane ficou em 5º no ranking do AFI, tornando-se também o maior herói dos filmes de faroeste.
Heroína
Clarice Sterling
Musa de um canibal é a primeira mulher da lista
Atriz: Jodie Foster
Filme: O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs), de 1991
Clarice Sterling ainda está treinando para se tornar uma agente do FBI quando tem a chance de trabalhar numa investigação importante: encontrar o assassino Buffalo Bill (Ted Levine). Para achar o homicida, ela pede ajuda a outro psicopata, o psicanalista e canibal Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins). Michelle Pfeiffer e Meg Ryan desprezaram a chance de interpretar a personagem que seria eleita pelo AFI como a mulher mais heróica do cinema. Sobrou para Jodie Foster, que ganhou o Oscar de melhor atriz.
Herói que é o bicho
Lassie
Nenhum animal mostrou coragem igual à desta collie
"Atriz": Pal
Filme: A Força do Coração (Lassie Come Home), de 1943
O golfinho Flipper, por mais simpático que fosse, não teve a menor chance como principal herói do mundo animal diante desta collie de pêlos brilhantes, esperta e corajosa. Lassie apareceu pela primeira vez num conto do americano Eric Knight publicado no jornal Saturday Evening Post em 1938. O conto agradou e, em 1940, virou o romance Lassie Come Home, três anos depois adaptado para o cinema. Na disputa com 300 cães pelo papel principal, "a" collie Pal levou a melhor e atuou tão bem que ninguém notou que "ela" era, na verdade, um macho...
Herói não-humano
Exterminador
O ex-vilão que virou uma eficiente máquina na luta contra o mal
Ator: Arnold Schwarzenegger
Filme: O Exterminador do Futuro II (Terminator 2: Judgment Day), de 1991
Os robôs dão excelentes vilões, mas quando resolvem fazer o bem são melhores ainda - quem não se lembra dos simpáticos C3PO e R2D2 de Guerra nas Estrelas? Mas mesmo essa simpática dupla não foi páreo para outro herói da categoria não-humanos. Após dar uma de vilão no primeiro filme da série O Exterminador do Futuro, iniciada em 1984, Schwarzenegger voltou bonzinho na segunda produção. Reprogramado, o andróide cumpriu com louvor a missão de proteger o jovem John Connor.
Herói dos quadrinhos
Super-Homem
Nenhum personagem de HQ foi tão heróico como o Homem-de-Aço
Ator: Christopher Reeves
Filme: Superman, o Filme (Superman), 1978
A lista dos heróis dos quadrinhos que migraram para o cinema é longa: Batman, Homem-Aranha, Demolidor... Mas nenhum deles foi capaz de superar o Homem-de-Aço. Quase indestrutível, o Super-Homem foi criado pelos americanos Jerry Siegel e Joe Shuster na década de 30 e não demorou para se tornar o maior personagem da editora DC Comics. Também, pudera, ele voa, tem força descomunal e visão de raio X! Christopher Reeves interpretou o personagem em quatro filmes: Superman, Superman II (1981), Superman III (1983) e Superman IV Em Busca da Paz (1987).
Herói em desenhos
Sulley
Monstrão com medo de crianças é o favorito de uma redação estranha
Ator: John Goodman (voz)
Filme: Monstros S.A. (Monsters, Inc.), de 2001
O número 1
Atticus Finch
Eleito o maior herói do cinema, advogado que lutou contra o racismo é a grande zebra da lista
Ator: Gregory Peck
Filme: O Sol É para Todos (To Kill a Mockingbird), de 1962
O maior herói da história do cinema americano não é um aventureiro explorador, um ás do gatilho ou um rei dos filmes de ação. O escolhido para encabeçar a lista do American Film Institute é, quem diria, um simples advogado, Atticus Finch.
No filme O Sol É para Todos, ambientado numa cidadezinha do sul dos Estados Unidos, ele aceita defender um negro acusado de ter estuprado uma jovem branca. No tribunal, Finch consegue provar a inocência de seu cliente, mas, mesmo assim, o réu é condenado por um júri composto por cidadãos brancos que não se interessam muito pela verdade ou justiça. O filme não tem um desfecho otimista, mas o ator Gregory Peck deu vida a um dos personagens mais cativantes e admiráveis da história do cinema.
Vice-campeão
Indiana Jones
Arqueólogo de vida agitada, ele rodou o mundo atrás de tesouros como o Santo Graal e enfrentou até seitas satânicas
Ator: Harrison Ford
Filme: Os Caçadores da Arca-Perdida (Raiders of the Lost Ark), de 1981
Os diretores George Lucas e Steven Spielberg decidiram se unir para produzir um filme de aventura em homenagem aos grandes seriados da década de 40. Baseado numa história de Lucas e do diretor Philip Kaufman, nascia o longa Os Caçadores da Arca-Perdida. Faltava definir o ator para o papel principal. Tom Selleck e Nick Nolte recusaram e sobrou para Harrison Ford a glória de interpretar Indiana Jones, o mais divertido arqueólogo do mundo e o segundo maior herói de todos os tempos segundo o AFI. No final dos anos 30, o personagem viaja pelo mundo, sobrevivendo a um perigo maior que o outro e sempre com um chicote ligeiro na mão. Bem-humorado e cheio de emoções, o filme deu origem a duas continuações: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), em que o mocinho luta contra adoradores de um culto satânico, e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), em que ele procura o Santo Graal.
Medalha de bronze
James Bond
Com seu carango cheio de truques, o espião com licença para matar fecha o pódio dos maiores heróis
Atores: Sean Connery (6)*, George Lazenby (1), Roger Moore (7), Timothy Dalton (2) e Pierce Brosnan (4)
Filme: O Satânico Dr. No (Dr. No), de 1962
* número de filmes oficiais da série em que atuou
O escritor Ian Fleming criou o agente secreto mais famoso do mundo. Mas foi o ator escocês Sean Connery quem moldou o caráter e o estilo de James Bond em O Satânico Dr. No, primeiro filme da franquia mais bem-sucedida da história do cinema. Na sua aventura de estréia, Bond investiga o maléfico Dr. No (Joseph Wiseman), com a ajuda da bela Honey Ryder (Ursula Andress). O estilo de vida que o espião leva incomodou a Igreja Católica logo na primeira produção: o Vaticano lançou um comunicado condenando a moral do filme e a predileção do herói por vodca martíni e mulheres bonitas. É claro que a dura não surtiu o menor efeito, e a maior prova disso é que Bond foi apontado pelo AFI como o terceiro principal herói do cinema. Cinco atores já interpretaram o personagem em 20 filmes oficiais e o 007 atual, Pierce Brosnan, prepara-se para fazer sua quinta participação na série em 2005. Mesmo com o troca-troca de atores e passados mais de 40 anos de sua estréia, James Bond não mudou: ainda se diverte com as mulheres mais bonitas do mundo e dirige carrões superequipados.
Martin. Aston Martin
Foi no filme 007 contra Goldfinger, lançado em 1964, que surgiu o carro mais bacana já dirigido pelo superagente
Painel com opcionais
Velocímetro e outros itens de série passavam despercebidos no painel.
O destaque era um radar que apontava o alvo a ser seguido ou dizia se havia alguém no encalço do agente. Na era pré-celular, um rádio-telefone também fazia sucesso
Passageiro indesejável
O Aston Martin DB5 tinha várias engenhocas criadas por Q, cientista do serviço secreto britânico. O lado do passageiro, por exemplo, era equipado com um banco ejetor. Se um vilão se sentasse ali, podia voar longe, passando por uma abertura no teto solar
Acessório pré-blindagem
Na década de 60, ninguém sonhava com carros blindados circulando pelas ruas. Mas o superagente secreto já contava com uma proteção parecida, só que bem mais rústica. Na traseira, uma parede retrátil à prova de balas subia para defender sua retaguarda
Truques sujos
Às vezes Bond dava uma de Dick Vigarista. Para se livrar de perseguidores, acionava compartimentos secretos nas lanternas e no pára-choque traseiros que despejavam na pista óleo quente, fumaça e estrelas pontiagudas
Ultrapassagem difícil
Era preciso muita coragem para emparelhar com o Aston Martin. A qualquer momento 007 podia acionar cortadores de pneus retráteis, que saíam da lateral do carro e podiam detonar as rodas de algum veículo suspeito
Artilharia frontal
Perto dos dois faróis dianteiros escondiam-se duas metralhadoras Browning calibre .30. Eram garantia de artilharia pesada contra quem aparecesse no caminho de Bond
Herói policial
Dirty Harry
Sempre armado com sua Magnum .44, ele foi o tira mais durão e bem-sucedido das telas
Ator: Clint Eastwood
Filme: Perseguidor Implacável (Dirty Harry), de 1971
O inspetor Harry Callahan era cínico, frio e nem sempre um bom exemplo de policial. Mas, acima de tudo, estava empenhado em livrar a cidade de São Francisco dos bandidos. E isso bastou para ele ganhar o posto de herói número 1 na categoria "tiras". Hoje, em tempos mais politicamente corretos, um sujeito que manda mais criminosos para o necrotério do que para a prisão jamais seria aceito. Mas, nas décadas de 70 e 80, Dirty Harry ("Harry Sujo"), como era chamado, reinou absoluto. Clint Eastwood se moldou com perfeição ao personagem que gostava de resolver os casos à sua maneira, abusando da força e sendo sempre repreendido por seus superiores. Mas, verdade seja dita, o tira de moral incorruptível nunca matou inocentes. Dirigido por Don Siegel, Perseguidor Implacável é um dos filmes policiais mais bem realizados do cinema e rendeu quatro continuações: Magnum .44 (1973), Sem Medo da Morte (1976), Impacto Fulminante (1983) e Dirty Harry na Lista Negra (1988).
Currículo de assustar
Eficiente, mas politicamente incorreto, ele matou muitos e prendeu poucos nos cinco filmes da série
Companheira inseparável
Dirty Harry nunca se desgrudava de sua Magnum .44 - segundo ele a arma mais poderosa do mundo - e disparou um total de 78 tiros na série. Quando as balas acabavam, ele recorria a outras armas, de tiros de bazuca a disparos com arpão
Vilão inesquecível
Os roteiristas da série capricharam na criação dos vilões, um mais detestável que o outro. Mas o pior deles foi Scorpio, de Perseguidor Implacável. Ele matava por prazer e chegou a enterrar num buraco uma garota viva!
Amigo pé-frio
Ser parceiro do policial mais heróico do cinema não era tarefa fácil. Nada menos que quatro morreram: um parceiro de Harry tombou num atentado à bomba; outro, apunhalado; um terceiro teve a garganta cortada e sua única parceira morreu baleada
Algema pra quê?
Enviar malfeitores para a prisão, definitivamente, não era o ponto forte do inspetor Callahan. Em cinco filmes, ele prendeu apenas quatro bandidos. Todos eles se renderam e foram poupados antes do tirambaço fatal
Chama o martelinho
Quando não detonava carros em perseguições alucinantes, o tira durão era caçado por criminosos que metralhavam sem dó e até atiravam bombas caseiras no interior de seus veículos. Resultado: ele destruiu dez carros na série
Se fazendo de difícil
Se tentasse, Dirty Harry faria sucesso com as mulheres. Mas, como sempre tinha que dar tiros em algum bandidão, ele só foi seduzido por três delas: Sunny (Adele Yoshioka), Samantha (Patricia Clarkson) e Jennifer (Sondra Locke, que foi mulher de Clint Eastwood)
Mortos em combate
Numa São Francisco constantemente ameaçada por assaltantes e psicopatas, alguém sempre leva a pior. E todos que ousaram desafiar a Magnum .44 de Callahan tiveram quase sempre o mesmo fim: o cemitério. Ele matou 36 bandidos na série, nove vezes mais que as prisões que fez
Herói de faroeste
Will Kane
No dia em que se casaria, um xerife venceu seu maior duelo
Ator: Gary Cooper
Filme: Matar ou Morrer (High Noon), de 1952
Era um dia perfeito para o xerife Will Kane: ele ia se casar e largar o perigoso trabalho. Aí chega a notícia: o pistoleiro Frank Miller (Ian MacDonald) saíra da prisão e queria se vingar de Kane, que o mandou para a cadeia. Como o seriado 24 horas, Matar ou Morrer se desenrola em tempo real. A história começa às 10h40 e a chegada do bandido está prevista para o trem do meio-dia. Por enfrentar Frank e seus capangas sozinho, Will Kane ficou em 5º no ranking do AFI, tornando-se também o maior herói dos filmes de faroeste.
Heroína
Clarice Sterling
Musa de um canibal é a primeira mulher da lista
Atriz: Jodie Foster
Filme: O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs), de 1991
Clarice Sterling ainda está treinando para se tornar uma agente do FBI quando tem a chance de trabalhar numa investigação importante: encontrar o assassino Buffalo Bill (Ted Levine). Para achar o homicida, ela pede ajuda a outro psicopata, o psicanalista e canibal Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins). Michelle Pfeiffer e Meg Ryan desprezaram a chance de interpretar a personagem que seria eleita pelo AFI como a mulher mais heróica do cinema. Sobrou para Jodie Foster, que ganhou o Oscar de melhor atriz.
Herói que é o bicho
Lassie
Nenhum animal mostrou coragem igual à desta collie
"Atriz": Pal
Filme: A Força do Coração (Lassie Come Home), de 1943
O golfinho Flipper, por mais simpático que fosse, não teve a menor chance como principal herói do mundo animal diante desta collie de pêlos brilhantes, esperta e corajosa. Lassie apareceu pela primeira vez num conto do americano Eric Knight publicado no jornal Saturday Evening Post em 1938. O conto agradou e, em 1940, virou o romance Lassie Come Home, três anos depois adaptado para o cinema. Na disputa com 300 cães pelo papel principal, "a" collie Pal levou a melhor e atuou tão bem que ninguém notou que "ela" era, na verdade, um macho...
Herói não-humano
Exterminador
O ex-vilão que virou uma eficiente máquina na luta contra o mal
Ator: Arnold Schwarzenegger
Filme: O Exterminador do Futuro II (Terminator 2: Judgment Day), de 1991
Os robôs dão excelentes vilões, mas quando resolvem fazer o bem são melhores ainda - quem não se lembra dos simpáticos C3PO e R2D2 de Guerra nas Estrelas? Mas mesmo essa simpática dupla não foi páreo para outro herói da categoria não-humanos. Após dar uma de vilão no primeiro filme da série O Exterminador do Futuro, iniciada em 1984, Schwarzenegger voltou bonzinho na segunda produção. Reprogramado, o andróide cumpriu com louvor a missão de proteger o jovem John Connor.
Herói dos quadrinhos
Super-Homem
Nenhum personagem de HQ foi tão heróico como o Homem-de-Aço
Ator: Christopher Reeves
Filme: Superman, o Filme (Superman), 1978
A lista dos heróis dos quadrinhos que migraram para o cinema é longa: Batman, Homem-Aranha, Demolidor... Mas nenhum deles foi capaz de superar o Homem-de-Aço. Quase indestrutível, o Super-Homem foi criado pelos americanos Jerry Siegel e Joe Shuster na década de 30 e não demorou para se tornar o maior personagem da editora DC Comics. Também, pudera, ele voa, tem força descomunal e visão de raio X! Christopher Reeves interpretou o personagem em quatro filmes: Superman, Superman II (1981), Superman III (1983) e Superman IV Em Busca da Paz (1987).
Herói em desenhos
Sulley
Monstrão com medo de crianças é o favorito de uma redação estranha
Ator: John Goodman (voz)
Filme: Monstros S.A. (Monsters, Inc.), de 2001
Fonte: Mundo Estranho
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